quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Bimestral de História - 5 de outubro 2012


Páginas: 6 á 23

Primeiro Império:
Emancipação política do Brasil não alterou quadro econômico e social. Ainda havia muita diferença social, só grupos privilegiados participavam da política. Economia em crise:
-Açúcar em declínio (concorrência)
-Algodão não ampliava mercado (concorrência)
Só o café em crescimento (maior uso da mão de obra escrava)
Falta de mudanças e situação econômica contribuíram para eclosão de revoltas internas que se opunham ao governo.
A elaboração da constituição:
D. Pedro I convocou a Assembleia Nacional Constituinte e as províncias imperiais enviaram representantes para elaborarem leis que contribuíssem com suas regiões, reunindo assim políticos liberais, conservadores e os que queriam que governantes portugueses continuassem no poder. Quando foi criado um projeto que queria a limitação dos poderes do imperador, D. Pedro primeiro fechou a Assembleia, sendo a nova Constituição elaborada por homens de sua confiança. A Constituição de 1824 foi imposta aos brasileiros e estabeleceu 4 poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador. O imperador respondia pelo Executivo e Moderador, fato que desagradou brasileiros.
Confederação do Equador:
Protestos contra autoritarismo: Emitidos por causa da Constituição de 1824 e imposição do poder moderador.
Pernambuco enfrentava dificuldades e recebia pouca atenção do governo, o que ocasionou revoltas contando com grandes proprietários e camadas humildes de Olinda e Recife. Paes de Andrade proclamou a independência da região e anunciou a organização da Confederação do Equador. Chefiados por Frei Joaquim do Amor Divino Rabello e Frei Caneca, pernambucanos convocaram uma Assembleia Constituinte para elaborar uma constituição com modelo na da Colômbia. Governo imperial prendeu líderes que não haviam fugido. Proprietários da região apoiaram tropas imperiais pois massas populares queriam implantar uma sociedade com menos desigualdade. Enfraquecidas, massas resistiram até seus últimos líderes serem presos.
Abdicação de D. Pedro I
Popularidade de D. Pedro I foi diminuindo conforme ele se mostrava contra o governo liberal e à participação dos brasileiros. O fechamento da ANC, a Constituição imposta junto com o poder Moderador e a repressão aos movimentos provinciais contribuiu pra isso. Além disso, ele também gastava muito tempo com a sucessão do trono português em vez de cuidar dos assuntos ligados ao Império Brasileiro. Além disso, deve-se destacar a crise econômica por causa da economia agrária, gastos com tropas para conter movimentos e o pagamento de indenização para que Portugal reconhecesse nossa autonomia política. Diante da ameaça de ser retirado do poder por um movimento popular, renunciou, deixando Pedro de Alcântara no Brasil e fugindo p/ Portugal.
Período Regencial
Fase de transição entre o Primeiro e Segundo Reinados. Disputas políticas entre liberais e conservadores. Organizaram-se duas regências que não acalmaram o ânimo da população, assim sendo substituídas por dois regentes conhecidos e respeitados: padre Feijó e Araújo de Lima. A troca de governantes, instabilidade econômica e falta de perspetivas de melhoria de vida para grande parte da população gerou descontentamento. A elite se sentia insegura diante da fraqueza do governo e a ebulição dos movimentos populares.
Revoltas do Período Regencial:
Balaiada ( liberais x conservadores ) ;
Cabanagem (Objetivo de depor o governador Lobo de Sousa)
Rusgas (Objetivo de expulsar portugueses)
Revolução Farroupilha ( Ocasionada pela diminuição de impostos nas importações da Argentina e Uruguai e pelo aumento nos impostos internos)
Revolta dos Malês ( Queria o fim do trabalho escravo. Liderado por malês - escravizados muçulmanos)
Sabinada (Queria manutenção da autonomia provincial)
Em todos eles, as disputas políticas foram o estopim e todos foram pacificados pelo governo imperial. Políticos conservadores e elite proprietária temiam revoltas contra a concentração de renda e propriedades nas mãos de poucos. Para estabelecer ordem, D. Pedro II assumiu o trono antes da maioridade (Golpe da Maioridade e início do Segundo Império)
Segundo Império - Política e Economia:
D. Pedro II enfrentou a tarefa de organizar o governo, convocando eleições para o senado e nomeando novos ministros e governadores de província. Continuaram disputas entre liberais e conservadores. Os liberais tinham apoiado o Golpe da Maioridade e venceram, mas como eram violentos, D. Pedro II anulou a eleição e convocou os conservadores. A alternância entre liberais e conservadores foi constante, gerando Revoltas Liberais e a Revolução Praieira;
Revolução Praieira
Deve seu nome ao Jornal Diário Novo que ficava na Rua da Praia, Recife. Movimento armado eclodiu nas ruas de Recife e teve como causas as rivalidades portuguesesxbrasileiros e a nomeação de um governador conservador para a Província de Pernambuco. Queriam um governo autônomo para as províncias, liberdade de imprensa, emprego a todos os brasileiros, etc.
Em 1847, querendo acabar com lutas entre partidos, foi instituído o parlamentarismo, no qual o poder Executivo foi passado para um primeiro-ministro. Imperador continuou com amplos poderes.
Economia brasileira ainda continuava colonial até 1840, quando o café passou a ser nossa grande riqueza e o mercado interno sofreu uma pequena expansão por causa de famílias imigrantes. Escravidão era um empecilho para desenvolvimento do comércio já que estes não podiam comprar as mercadorias produzidas. Campanhas para acabar com tráfico negreiro aumentou o preço dos nossos produtos. Lavouras de café se expandiram e passou a ser importado.
Surto de Industrialização
Característica do Segundo Império. RJ, SP e Recife: Surgimento de fábricas para consumo local dos produtos. Tarifa Alves Blanco aumentou impostos sobre produtos importados, desenvolvendo essas pequenas fábricas. Chegada de imigrantes, proibição do tráfico negreiro e desenvolvimento da lavoura cafeeira também contribuiu.
Cultura e Sociedade:
 Desenvolvimento da economia cafeeira, enriquecimento de grandes proprietários, surto industrial, crescimento urbano e chegada de imigrantes provocou o aumento da influência europeia na sociedade. Vestuário, ópera e apreço por inovações só eram acessíveis a poucos. Maioria dos brasileiros viviam na miséria e os escravos fora dos planos governamentais. Mulheres (exceção as da elite) eram analfabetas e trabalhavam igual os homens. Negros arcavam com todo o trabalho. Discriminação ao negro, escravo e mulato eram coisas normais.
Crise do sistema imperial brasileiro:
Segundo Império começou a falir pois era pressionado por forças externas e internas. Inglaterra queria o fim do trabalho escravo com objetivo de ampliar o mercado consumidor. Grupos abolicionistas também o queriam, mas porque os grandes fazendeiros não queriam perder investimentos. Além disso, as disputas territoriais na Região do Prata.
*Região do Prata:
Região da Foz da Bacia do Prata era importante pois alcançava a parte oeste das províncias do Rio Grande de São Pedro, Santa Catarina e Mato Grosso. Essa região foi convulsionada por vários movimentos armados feitos por grupos políticos argentinos, uruguaios e paraguaios.
Argentina: Juan M. Rosas tomou o poder e ampliou o território argentino proibindo navios de outras nações navegarem em determinados rios.
Uruguai: Dois partidos em Guerra: Colorados (Comercializantes apoiados pelo Brasil) e os Blancos (Pecuarista apoiado por Rosas). Brasileiros ajudavam os que eram contra os Blancos. Alianças formadas tiraram Rosas do poder, fazendo Brasil e Argentina assinarem um tratado de Comércio, Navegação e Amizade. Conflitos entre Brasil e Uruguai resolvidos por outro tratado.
*Guerra do Paraguai, da Tríplice Aliança:
Solano López, líder paraguaio, queria ampliar território paraguaio para ter uma saída para o mar . Assim, começou a invadir terras que pertenciam a Província de Mato Grosso e deu início ao conflito. Brasil, Argentina e Uruguai se uniram (Tríplice Aliança) para lutar contra Solano. Paraguai começou vencendo por sua grande tropa. Depois a sorte inverteu quando a Tríplice Aliança estabeleceu um bloqueio que impedia acesso a armamentos, munição e remédios. Ocupação foi difícil, tendo o Paraguai se rendido após a morte de Solano López. Portugal perdeu cerca de 140 mil km em dívidas. Movimentos pela abolição da escravatura e proclamação da República no Brasil se fortaleceram.
*Abolição do trabalho escravo:
Pressões externas imensas, grupos abolicionistas se multiplicando. Brasil aprovou as leis:
-Eusébio de Queirós (Proíbe tráfico negreiro no Brasil)
-Ventre Livre (Libertou filhos de Escravizados)
-Lei Áurea ( Acabou com escravidão no Brasil)
*Outras Questões
-Disputa de poder com Igreja que queria nomear seus bispos e autorizar determinações do papa no Brasil
-Disputa com Exército, que queria governar após a Guerra do Paraguai.
Ao enfrentar estes problemas, Imperador perdeu seus pontos de sustentação, levando ao fim do império e à Proclamação da República. 

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