segunda-feira, 15 de abril de 2013

Bimestral de Artes - Páginas selecionadas


Arte e Ciência
Primeira metade do século XX: Avanços da ciência criando um mundo industrializado ao qual muitos louvavam e muitos criticavam, pois a tecnologia que maravilhava era a mesma que produzia armas poderosas. Alguns artistas fizeram esse diálogo, refletindo e criticando sobre isso.

Arte é Ciência porque partiu da necessidade do homem de se expressar e de conhecer cada vez mais. Por serem antagônicas, arte e ciência podem criar uma relação mútua na qual uma complementa a outra.

Qual a diferença entre SOM e RUÍDO?
SOM: Fenômeno físico que consiste em uma rápida variação de uma onda de pressão num meio.
RUÍDO: Qualquer som que nos é desagradável.

Pintura Futurista:
Futuristas produziram manifestos. Dois sobre pintura:
1.     Manifesto dos Pintores Futuristas: 1910. Artistas jovens da Itália, instigados a combater o apreço pela arte do passado. A valorização do passado acarretava na depreciação do novo. Manifesto queria o fim desse tipo de arte do passado. Buscava:
-Destruir o culto ao passado;
-Destruir imitações, exaltando a originalidade;
-Rebelar-se contra a tirania das palavras;
-Varrer os temas já aproveitados;
-Exprimir a vida incessantemente transformada pela ciência;
-Dar lugar aos jovens e ao novo;
2.    A Pintura Futurista: Manifesto Técnico: 1910. Expressão pictórica foi o tema. Cores e formas tradicionais não satisfaziam a verdade futurista. Interesse pela imagem dinâmica, em movimento.
Interessavam-se pelo progresso, pela ciência, pela representação do novo ritmo de vida ocasionado pelo surgimento de máquinas, eletricidade, velocidade. “Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar misteriosas portas do Impossível?”.

Futurismo Musical: Sonoridade que melhor expressava o mundo moderno era a música dos ruídos, da agitação da cidade.

Saraus Futuristas: Forma de espetáculo teatral em que os artistas se encontravam para recitar poesias, declamar textos, fazer manifestos, executar peças musicais e promover a exibição de obras visuais. A interação intensa dos espectadores dava espaço à improvisação. Declamações provocativas e a interação do público causavam, às vezes, divergências e tumultos entre artistas e público. Quando era uma grande confusão, policiais apaziguavam os conflitos, que alguns chegaram até a se estender para as ruas.

Teatro Futurista - Dois movimentos:
1.    O Teatro de Variedade: 1913. Buscava abandonar as regras do teatro tradicional. A comicidade, a mistura do teatro com cinema, música, circo e dança atraíam os futuristas. Não seguia um roteiro fixo e o público era forçado a interagir com atores e músicos, desafiando as convenções. Propunha encenar toda a tragédia em uma única noite;
2.    Manifesto do Teatro Futurista Sintético: O teatro seria a forma de influenciar a alma italiana, pois os futuristas não desejavam existir somente em estantes de bibliotecas. Pretendia ser uma forma teatral breve, totalmente nova. A brevidade também se daria na preparação.

Dadaísmo:
Durante a Primeira Guerra Mundial, muitos intelectuais e artistas foram para Zurique por motivos de estudos ou fugindo da Guerra. Entre eles, estava Hugo Ball, que criou o “Cabaré Voltaire”, cujo espaço foi disponibilizado aos artistas. Muitos participaram dos “saraus” que lembravam os saraus futuristas, pois declamavam e interpretavam poemas, tocavam canções e apresentavam suas performances. Em uma noite, Hugo Ball interpretou um poema fonético vestido com uma roupa de papelão azul. Estes que freqüentavam o cabaré criaram o movimento artístico mais radicam da história: Dadaísmo. O Dadá negava os costumes, regras, tradições, até mesmo a tradição da arte. Foi uma vertente antiartística de expressão. Causava choque, escândalo. A expressão “dada” foi encontrada por acaso e não tinha significado, simbolizando a revolta e a negação do movimento. Tristan Tzara queria expressar a negação de todos os valores estéticos e correntes artísticas. Abusavam do incompreensível. Características:
·         Movimento artístico da vanguarda moderna
·         “non-sense”: sem sentido
·         Caráter antirracional (contra os padrões estabelecidos)
·         Se espalhou em poucos anos por Berlim, Paris, Nova Iorque, etc.
·         Depois, alguns dadaístas originaram o Surrealismo
·         Problema: Almejar algo impossível como explicar o ser humano.

Duchamp e o ready-made:
Marcel Duchamp fez polêmica com a sua invenção: ready-made. Essa consiste em apropriar um objeto utilitário produzido industrialmente, inserindo-os quase sem alterações, no contexto artístico. Do ponto de vista artístico, o objeto pode assumir diferentes significados, dependendo do contexto e do ambiente em que é inserido. Duchamp não pretendia se colocar contra a arte nem apenas destruir a tradição. Queria discutir questões novas sobre o produto artístico. Com o ready-made, ele rompe a tradição do autor como único criador da obra.

O estúdio de gravação: A invenção de equipamentos pioneiros de síntese sonora foi o resultado da evolução da compreensão dos fenômenos sonoros e de sua propagação no espaço. Esse processo foi se consolidando com a criação e o desenvolvimento de novos equipamentos que, reunidos em um espaço, originaram o estúdio de gravação, nos quais se produzia música em grande escala com finalidade comercial. Assim nasce a indústria musical.
Música Eletroacústica: Em 1940 e 1950, engenheiros e músicos franceses, alemães e estadunidenses passaram a criar obras musicais por meio da manipulação em estúdio de sons gravados e sintetizados. Haviam 3 vertentes:
1.    Música concreta: usava somente sons do cotidiano, sons já existentes.
2.    Música eletrônica: usava somente sons construídos e manipulados, sons artificiais.
3.    Música eletroacústica: Usava e manipulava os sons concretos e artificiais simultaneamente.

Indústria Cultural
Modelos de produção industrial passaram a ser aplicados na arte. Produção artística passou a ser explorada comercialmente e valorizada conforme seu retorno financeiro. Serviu também para a transmissão de ideologias, assim como os filmes de Hollywood propagavam o American way of life.  Obras passaram a ser “consumidas”. Isso foi objeto de reflexão de filósofos da Escola de Frankfurt. Entre eles, Adorno e Horkheimer cunharam o termo “indústria cultural” para designar e avaliar o funcionamento e as conseqüências para a humanidade desse tipo de relação com a arte.

Música e improvisação: Improvisar é criar uma obra musical por meio de alguns elementos previamente definidos ou dar forma final a uma obra durante sua interpretação. Toda performance musical envolve algum grau de improvisação, na medida que o músico decide as nuances que envolvem suas ações, controlando a velocidade, a força das notas. Improvisar também significa elaborar variações, revelando novas possibilidades para uma melodia.

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