-Vírus significa "veneno" em latim.
-Até 1880, os cientistas sabiam que existiam dois tipos de agentes infecciosos no organismo humano. Um deles eram as bactérias, micro-organismos com grande capacidade de multiplicação. O outro agente era conhecido como "veneno químico" porque não conseguiam visualizá-lo e apenas sabiam que se multiplicava.
- Quando os bacteriófagos ("comedores de bactérias") foram descobertos, a estrutura dos vírus começou a ser compreendida, mas foi somente mais detalhada após a descoberta da microscopia eletrônica. Por serem muito pequenos, não podem ser vistos ao microscópio de luz.
-Formados por: 1 capsídeo (cápsula proteica) e 1 ácido nucleico que forma o genoma viral. O capsídeo e o ácido nucleico formam o nucleocapsídeo.
-Existem os vírus com o genoma constituído de DNA ou RNA. Também já foram encontrados com ambos.
-Alguns vírus são formados apenas pelo nucleocapsídeo (vírus do mosaico do tabaco).
-Outros são envolvidos por lipídios, carboidratos e proteínas formando um envoltório (envelope) parecido com a membrana celular da célula parasitada. Este possibilita a identificação das células que o vírus pode parasitar, facilitando a interação com a membrana celular para que ocorra a penetração do genoma viral.
Replicação Viral
- Reprodução viral = Replicação (não há aumento do volume do vírus para se dividir depois_
- Para formar novos vírus, ocorre a replicação do ácido nucleico viral e a síntese das proteínas que formam o capsídeo.
-Vírus se hospedam em células vivas pois, como não tem estrutura celular, usam os ribossomos e as enzimas das células parasitadas para formar novas proteínas que produzem cópias virais.
-Fora das células, estes se parecem com pequenos cristais (vírions), podendo permanecer assim até encontrarem uma célula.
Passo a passo:
1. Vírion adere à superfície da célula hospedeira;
2. Injeta o ácido nucleico no interior da célula enquanto o capsídeo continua fora.
3. Se o vírus penetrar completamente na célula, ocorre o desenvelopamento. Assim, o ácido nucleico pode ser liberado do capsídeo.
Vírus "Fago T" (bacteriófago)
-Parasita da bactéria intestinal Escherichia coli
-Tem uma cápsula proteica com duas regiões: cabeça (delimita o DNA viral) e cauda (com fibras proteicas nas extremidades.
- Pode fazer dois ciclos de replicação:
Ciclo lítico:
- Ao entrar em contato com a bactéria, o víron se adere à parede celular bacteriana por meio de proteínas existentes nas fibras de sua cauda (sem essa aderência, os vírus não infectam células hospedeiras);
-Após a ativação das enzimas da cauda, a parede da célula bacteriana é perfurada e o DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma
- Dentro, o DNA do bacteriófago é transcrito em RNA (mensageiro) e traduzido em proteínas virais (ocorre porque as enzimas de transcrição e tradução da bactéria não distinguem os genes invasores de seus próprios).
-As primeiras proteínas virais formadas induzem a replicação do DNA viral, interrompendo a atividade metabólica bacteriana.
-As proteínas virais constituintes das cabeças e caudas são montadas, formando vírions completos
-Após 30 minutos, há o surgimento de muitas partículas virais. Assim, são produzidas enzimas que iniciam a destruição/lise da parede bacteriana, assim liberando centenas de vírions.
Ciclo Lisogênico
- Ocorre com vírus causadores do herpes, AIDS e hepatite C, que podem permanecer no hospedeiro inativos, até sofrerem uma diminuição na imunidade ou mutações por agentes químicos e físicos.
- Ao entrar em contato com a bactéria, o víron se adere à parede celular bacteriana por meio de proteínas existentes nas fibras de sua cauda (sem essa aderência, os vírus não infectam células hospedeiras);
-Após a ativação das enzimas da cauda, a parede da célula bacteriana é perfurada e o DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma;
-Dentro, o DNA viral se incorpora ao cromossomo bacteriano sem interromper a atividade bacteriana. -Quando a bactéria se reproduz (assexuadamente), ocorre a formação de novas células que apresentam o DNA viral incorporado e inativo.
-Esse DNA invasor pode se manifestar, se separando do cromossomo e iniciando o ciclo lítico
Doenças Virais
A transmissão viral pode ocorrer pelo ar, contato direto (saliva, muco ou sangue) e indireto (utensílios, água, alimentos, insetos ou animais). Cada virose apresenta sintomas característicos e muitos destes possuem grande virulência (capacidade que ele tem de invadir tecidos do hospedeiro ou causar sua morte). Existem vacinas contra viroses, que servem como prevenção estimulando o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra alguns tipos de vírus. Deve-se lembrar que os antibióticos não combatem os vírus, alguns só tratando os sintomas.
-Gripe "A": A Influenza Pandêmica é uma patologia causada por uma variedade do vírus influenza responsável pela gripe comum. A forma de contágio principal é a por meio de secreções infectadas.
-Deve-se lembras que os vírus são parasitas intracelulares que se abrigam e realizam a replicação e, dentro das células, estes vírus sofrem modificações que determinam a sua evolução simultaneamente à humana.
- Os vírus, sendo intracelulares, controlam a célula com seu material genético, podendo fazer com que sofra mutações. Por isso, o HPV e muitos outros vírus podem causar câncer.
AIDS: a deficiência da imunidade
-Também conhecida como SIDA (Síndrome da imunodeficiência adquirida), é provocada por dois tipos de vírus HIV: HIV I e HIV II. Esses tem vários subtipos mutantes e por isso é difícil criar uma vacina eficiente.
-Contágio: Pelo fato de o vírus HIV se encontrar no sangue, no sêmen, no fluido vaginal e na linfa, sua transmissão pode ocorrer durante as relações sexuais, no uso de seringa ou material cirúrgico contaminados e nas transfusões sanguíneas contaminadas. Quando a mãe é portadora, o vírus pode ser passado na fase intrauterina ou durante a amamentação.
-Para saber se um indivíduo é soropositivo, se faz um exame anti-HIV, detectando a presença de anticorpos no sangue. Deve-se destacar que a produção de anticorpos para a detecção pode demorar aprox. 30 dias. Há casos que ocorrem após 3 meses. Esse período é chamado de janela imunológica e, por isso, a pessoa suspeita não pode realizar a transfusão sanguínea.
Ciclo do HIV
-Infectando a célula hospedeira (T4/CD4), o envelope se liga à membrana celular possibilitando a entrada do capsídeo viral no interior da célula parasitada.
-Dentro do citoplasma, o RNA viral é liberado com suas enzimas: Transcriptase reversa e integrase.
-Transcriptase Reversa - transformação do RNA viral em DNA viral no citoplasma; esse DNA passa ao núcleo e, com a ajuda da integrase, se liga ao cromossomo do linfócito T4/CD4. Integrado ao genoma da célula hospedeira, os genes do HIV passam a comandar o processo de síntese proteica e de formação de novas moléculas de RNA.
-Assim, uma nova proteína viral é sintetizada: protease viral. Esta tem a função de unir as proteínas do capsídeo viral que estão sendo produzidas. Estas novas proteínas envolvem o novo material genético formando novos vírus.
-À medida que são liberados, são envolvidos por um pedaço de membrana da célula hospedeira que forma seus envelopes.
Complicações
-Após a transmissão, o vírus HIV parasita principalmente o linfócito T4 (CD4). Essas células produzem substâncias chamadas interleucinas, que estimulam os linfócitos B a se transformarem em plasmócitos, células que inicial a produção de anticorpos. Como os vírus são replicados dentro dos linfócitos T4, todo o processo de imunização é interrompido.
-Com a diminuição na produção de anticorpos, o sistema imunológico torna-se deficiente, assim possibilitando o surgimento de doenças oportunistas.
-Por causa das mutações virais, existe uma grande dificuldade na produção de vacinas contra este vírus. Ao ser vacinado, o organismo produz anticorpos contra aquele determinado subtipo viral. Com as constantes mutações do vírus HIV, os anticorpos não respondem adequadamente reduzindo a defesa imunitária.
Tratamento:
-Não existe cura.
-Feito com base em substâncias inibidoras das enzimas que permitem a replicação viral.
-Entre estes, existem medicamentos que impedem que a enzima transcriptase reversa copie moléculas de DNA a partir de moléculas de RNA
-Outros são inibidores de protease (enzima que possibilita o amadurecimento do HIV no fim do ciclo).
Teste fisiológico: Estudo de tecidos
Aqui encontrei algumas atividades sobre os vírus.. Caso estejam interessados! Bons estudoooss..
- http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/virus.asp
- http://www.professor.bio.br/provas_topicos.asp?topico=V%EDrus
- http://www.infoescola.com/biologia/os-virus/exercicios/
- http://exercicios.brasilescola.com/biologia/exercicios-sobre-virus.htm
- http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/virus.pdf
Vírus "Fago T" (bacteriófago)
-Parasita da bactéria intestinal Escherichia coli
-Tem uma cápsula proteica com duas regiões: cabeça (delimita o DNA viral) e cauda (com fibras proteicas nas extremidades.
- Pode fazer dois ciclos de replicação:
Ciclo lítico:
- Ao entrar em contato com a bactéria, o víron se adere à parede celular bacteriana por meio de proteínas existentes nas fibras de sua cauda (sem essa aderência, os vírus não infectam células hospedeiras);
-Após a ativação das enzimas da cauda, a parede da célula bacteriana é perfurada e o DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma
- Dentro, o DNA do bacteriófago é transcrito em RNA (mensageiro) e traduzido em proteínas virais (ocorre porque as enzimas de transcrição e tradução da bactéria não distinguem os genes invasores de seus próprios).
-As primeiras proteínas virais formadas induzem a replicação do DNA viral, interrompendo a atividade metabólica bacteriana.
-As proteínas virais constituintes das cabeças e caudas são montadas, formando vírions completos
-Após 30 minutos, há o surgimento de muitas partículas virais. Assim, são produzidas enzimas que iniciam a destruição/lise da parede bacteriana, assim liberando centenas de vírions.
Ciclo Lisogênico
- Ocorre com vírus causadores do herpes, AIDS e hepatite C, que podem permanecer no hospedeiro inativos, até sofrerem uma diminuição na imunidade ou mutações por agentes químicos e físicos.
- Ao entrar em contato com a bactéria, o víron se adere à parede celular bacteriana por meio de proteínas existentes nas fibras de sua cauda (sem essa aderência, os vírus não infectam células hospedeiras);
-Após a ativação das enzimas da cauda, a parede da célula bacteriana é perfurada e o DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma;
-Dentro, o DNA viral se incorpora ao cromossomo bacteriano sem interromper a atividade bacteriana. -Quando a bactéria se reproduz (assexuadamente), ocorre a formação de novas células que apresentam o DNA viral incorporado e inativo.
-Esse DNA invasor pode se manifestar, se separando do cromossomo e iniciando o ciclo lítico
Doenças Virais
A transmissão viral pode ocorrer pelo ar, contato direto (saliva, muco ou sangue) e indireto (utensílios, água, alimentos, insetos ou animais). Cada virose apresenta sintomas característicos e muitos destes possuem grande virulência (capacidade que ele tem de invadir tecidos do hospedeiro ou causar sua morte). Existem vacinas contra viroses, que servem como prevenção estimulando o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra alguns tipos de vírus. Deve-se lembrar que os antibióticos não combatem os vírus, alguns só tratando os sintomas.
Virose
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Contágio
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Características
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Varicela (Catapora)
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Contato direto e objetos contaminados
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Febre, náusea, falta de apetite e manchas avermelhadas
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Dengue
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Picada de mosquito
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Febre, náusea, cefaleia (dor de cabeça), vômito, dores musculares e
hemorragias em casos graves.
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Febre Amarela
|
Picada de mosquito
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Febre, cefaléia, vômitos, erupções na pele, náuseas e hemorragias em
órgãos.
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Gripe (Influenza)
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Saliva
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Febre alta, disfunções respiratórias, dores no corpo, cefaléia,
vômito
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Caxumba
(parotidite)
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Contato direto
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Dor de cabeça, calafrios, falta de apetite, febre, inchaço das
glândulas salivares parótidas.
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Sarampo
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Gotículas de saliva
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Febre, tosse seca, conjuntivite, erupções na pele.
|
Raiva
(hidrofobia)
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Mordida de animais infectados
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Afeta o sistema nervoso periférico e pode atingir o sistema nervoso
central
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Rubéola
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Saliva ou via congênita (quando nasce e pega da mãe)
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Manchas avermelhadas, febre, mal-estar, dor muscular e articular,
conjuntivite. Pode provocar má formação fetal (via congênita)
|
Poliomielite
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Objetos contaminados por fezes
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Paralisia e atrofia da musculatura das pernas e braços.
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Condiloma acuminado (verrugas genitais)
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DST. Contaminação também pode ocorrer por objetos infectados.
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Formação de verrugas nas regiões genital e anal. Causa câncer de colo
uterino
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Hepatite A
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Contato direto e por objetos/água
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Afeta o fígado, provocando mal-estar, fraqueza, náusea, dores
abdominais, urina escura, pele amarelada.
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Rotavirose
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Via fecal-oral, secreções respiratórias,
Alimentos e água
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Vômito, diarréias, desidratação, febre alta e dores abdominais.
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Herpes I e II
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Contato direto
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Tipo I: Pequenas bolhas que formam feridas nas peles e lábios
Tipo II: DST que causa feridas na região genital e anal.
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-Gripe "A": A Influenza Pandêmica é uma patologia causada por uma variedade do vírus influenza responsável pela gripe comum. A forma de contágio principal é a por meio de secreções infectadas.
-Deve-se lembras que os vírus são parasitas intracelulares que se abrigam e realizam a replicação e, dentro das células, estes vírus sofrem modificações que determinam a sua evolução simultaneamente à humana.
- Os vírus, sendo intracelulares, controlam a célula com seu material genético, podendo fazer com que sofra mutações. Por isso, o HPV e muitos outros vírus podem causar câncer.
AIDS: a deficiência da imunidade
-Também conhecida como SIDA (Síndrome da imunodeficiência adquirida), é provocada por dois tipos de vírus HIV: HIV I e HIV II. Esses tem vários subtipos mutantes e por isso é difícil criar uma vacina eficiente.
-Contágio: Pelo fato de o vírus HIV se encontrar no sangue, no sêmen, no fluido vaginal e na linfa, sua transmissão pode ocorrer durante as relações sexuais, no uso de seringa ou material cirúrgico contaminados e nas transfusões sanguíneas contaminadas. Quando a mãe é portadora, o vírus pode ser passado na fase intrauterina ou durante a amamentação.
-Para saber se um indivíduo é soropositivo, se faz um exame anti-HIV, detectando a presença de anticorpos no sangue. Deve-se destacar que a produção de anticorpos para a detecção pode demorar aprox. 30 dias. Há casos que ocorrem após 3 meses. Esse período é chamado de janela imunológica e, por isso, a pessoa suspeita não pode realizar a transfusão sanguínea.
Ciclo do HIV
-Infectando a célula hospedeira (T4/CD4), o envelope se liga à membrana celular possibilitando a entrada do capsídeo viral no interior da célula parasitada.
-Dentro do citoplasma, o RNA viral é liberado com suas enzimas: Transcriptase reversa e integrase.
-Transcriptase Reversa - transformação do RNA viral em DNA viral no citoplasma; esse DNA passa ao núcleo e, com a ajuda da integrase, se liga ao cromossomo do linfócito T4/CD4. Integrado ao genoma da célula hospedeira, os genes do HIV passam a comandar o processo de síntese proteica e de formação de novas moléculas de RNA.
-Assim, uma nova proteína viral é sintetizada: protease viral. Esta tem a função de unir as proteínas do capsídeo viral que estão sendo produzidas. Estas novas proteínas envolvem o novo material genético formando novos vírus.
-À medida que são liberados, são envolvidos por um pedaço de membrana da célula hospedeira que forma seus envelopes.
Complicações
-Após a transmissão, o vírus HIV parasita principalmente o linfócito T4 (CD4). Essas células produzem substâncias chamadas interleucinas, que estimulam os linfócitos B a se transformarem em plasmócitos, células que inicial a produção de anticorpos. Como os vírus são replicados dentro dos linfócitos T4, todo o processo de imunização é interrompido.
-Com a diminuição na produção de anticorpos, o sistema imunológico torna-se deficiente, assim possibilitando o surgimento de doenças oportunistas.
-Por causa das mutações virais, existe uma grande dificuldade na produção de vacinas contra este vírus. Ao ser vacinado, o organismo produz anticorpos contra aquele determinado subtipo viral. Com as constantes mutações do vírus HIV, os anticorpos não respondem adequadamente reduzindo a defesa imunitária.
Tratamento:
-Não existe cura.
-Feito com base em substâncias inibidoras das enzimas que permitem a replicação viral.
-Entre estes, existem medicamentos que impedem que a enzima transcriptase reversa copie moléculas de DNA a partir de moléculas de RNA
-Outros são inibidores de protease (enzima que possibilita o amadurecimento do HIV no fim do ciclo).
Teste fisiológico: Estudo de tecidos
Aqui encontrei algumas atividades sobre os vírus.. Caso estejam interessados! Bons estudoooss..
- http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/virus.asp
- http://www.professor.bio.br/provas_topicos.asp?topico=V%EDrus
- http://www.infoescola.com/biologia/os-virus/exercicios/
- http://exercicios.brasilescola.com/biologia/exercicios-sobre-virus.htm
- http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/virus.pdf
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