quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Resumo Port. e Lit. (Tudo)

Português:

Resenha (34 e 35)
Resumo (38)
Anúncio Publicitário: 30 e 31
Aposto: Informação acrescentada no texto. Normalmente entre vírgulas. Pg. 22

Adjunto Adverbial
Termo que modifica o sentido de um verbo. Tipos: pg. 19 e 20

Adjunto Adnominal
Recomendo que assistam aos seguintes vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=6-iyeanMLno
www.youtube.com/watch?v=b-HW5YkXJtA


Adjunto adnominal e adjunto adverbial são conceituados como “Termos Acessórios da Oração”, pois funcionam como complemento da mesma, não sendo indispensáveis para a compreensão do enunciado.Especificamente, o Adjunto Adnominal é o termo que tem valor de adjetivo, servindo para especificar ou delimitar o significado de um substantivo em qualquer que seja a função sintática exercida por este.
Fazem parte do quadro dos Adjuntos Adnominais:
Adjetivos:O dia ensolarado está contagiante. Seu sorriso maroto é lindo.
Locuções Adjetivas:O passeio de campo nos deixou exaustas.A água da chuva regou todas as plantas.
Pronome adjetivo:Minha culpa é meu segredoEste teu olhar felino incendeia (Clarice Lispector)
Artigos:Um novo sonho ressurgiu.Os alunos surpreenderam os professores.
Numerais:primeiro candidato já se apresentou. A décima colocada no concurso é muito esforçada.
Orações adjetivasNão quero saber do lirismo que não é libertação.Admiro as pessoas que persistem.
Adjunto Adverbial é o termo da oração que modifica, que funciona como advérbio, indicando a circunstância da ação do adjetivo ou de outro advérbio.
Essas circunstâncias podem expressar:
Afirmação: Hoje, com certeza, irei ao clube.
Negação: O trabalho não ficou como era esperado.
Intensidade: Esta é uma questão muito fácil de resolver.
Dúvida: Talvez eu vá precisar de sua ajuda.
Tempo: Durante todo o tempo ela se mostrou insatisfeita.
Companhia: Comemoraremos com os amigos o bom resultado do vestibular.
Causa: Rimos durante toda a reunião por nervosismo.
Finalidade: Eu estudo para obter boas notas. 
Lugar: Estamos em Brasília desde a semana passada.
Meio ou Instrumento: Ele se feriu com a faca. 
Modo: Calmamente fomos nos interagindo durante o evento.
Assunto: A matéria jornalística falava sobre o meio ambiente.

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Literatura (Estudar primeira parte também, mas aqui só consta a segunda)

Prosa da segunda fase do Modernismo Brasileiro

Romance de 30
Aceitação e a generalização das propostas modernistas. A liberdade formal, a linguagem mais próxima ao registro  oral, o homem comum como tema. Em oposição a irreverência da primeira fase, surgiu uma geração mais madura, denunciando os problemas sociais e políticos do país, a situação do homem no mundo, o seu desamparo e as suas mazelas.

Duas tendências na prosa nacional:

Romance Regionalista: Retrato de regiões do país, princ. do Nordeste, denunciando uma realidade até então não conhecida pelos leitores: Mazelas do povo, que sofre com a seca, esquecido pelo governo e suas dificuldades financeiras. Protagonistas são homens comuns, muitas vezes em situações desumanas, na decadência dos engenhos, seca e imigração de miseráveis. Descrição direta aliada à realidade nacional (por isso chamam essa fase de neorrealista). Autores passaram à se preocupar em expor problemas de seu estado natal. Ex: Rachel de Queirós, José Lins do Rego, Jorge Amado e Erico Verissimo. 

Prosa Intimista: Apresenta a intimidade psicológica dos personagens, investiga as inquietações do ''eu'' e seus conflitos e angústias. Influência de Machado de Assis e Sigmund Freud.  Essas propostas funcionam só na didática, porque muitos como Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Lúcio Cardoso e Ciro dos Anjos trabalhavam com as duas propostas ao mesmo tempo.

Rachel de Queiroz
Cearense, veio de uma família tradicional das letras. Formação inicial feita pelo próprio pai. Foi professora aos 15 anos. Fugindo da seca do Nordeste, foi para o Rio, fato que inspirou seu romance “O Quinze” que retrata esse período de dificuldades. Voltando ao Ceará, contribuiu p/ o jornal O Ceará, com o pseudônimo de Rita de Queluz. Primeira autora a ingressar na ABL e a ser laureada com o prêmio Camões. Produziu obras de caráter regionalista e depois passou para uma prosa mais intimista.
O quinze: Escreveu no período de descanso para tratamento de saúde. Romance de seca, não foi bem aceito no Ceará, mas foi no RJ e em SP. A obra mistura a denúncia social e a investigação psicológica dos personagens. É dividido em duas partes:
- Vicente e Conceição: Casal que não consegue ficar junto pelas dificuldades de comunicação, mostrando que a seca e a dificuldade embrutecem as pessoas e as distancia dos que vivem em outras realidades.
-Vaqueiro Chico Bento e sua família com 5 filhos saem do Ceará. No percurso, um filho morre e o resto chega à um campo de concentração, onde encontram Conceição, uma professora que os ajuda para que se mudem para SP.

Jorge Amado
Jorge Leal Amado de Faria, publicou 49 livros traduzidos para 55 países. Autor brasileiro que possui mais obras adaptadas ao cinema e TV. Nasceu e morreu na Bahia, envolveu-se com o comunismo e suas idéias revolucionárias o levaram a ser exilado. Foi muito premiado em vida, casou-se com Zélia Gatai (escritora) com quem viveu até morrer. Romances que tratam sobre mulheres, mostram-na sensual, livre e maliciosa. Se destaca pelo talento de contar histórias. Narrativas muito envolventes, materializam uma nova visão do Nordeste brasileiro retratando negros, pobres, retirantes, moradores, na tentativa de fazer um levantamento sobre a formação da região. Obras podem ser divididas em 3:
-Romances proletários: Ambientados em Salvador, tratam de problemas sociais e injustiças.
-Romances ligados ao ciclo do cacau: Vida dos trabalhadores rurais das fazendas de cacau e a exploração e abusos sofridos.
-Crônicas de costume: Retrato do homem comum elevado à categoria de herói.
Possui um tom leve no tratamento dos temas. Descrição da realidade serve como denúncia à graves problemas sociais.
Capitães de Areia (História já bem conhecida).

Graciliano Ramos
Um dos maiores escritores brasileiros. Nasceu em Alagoas, mas se mudou para várias partes do Nordeste conhecendo as dificuldades vividas na região e sendo influenciado pela vida dos imigrantes que sofriam com a seca. Os autos do governo redigidos por Graciliano se tornaram peças literárias. Foi preso durante o governo de Getúlio Vargas, acusado de participar da Intentona Comunista (tentativa comunista de revolta organizada). Morreu de câncer no pulmão.
Vidas Secas: Curta narrativa de 13 capítulos em 3ª pessoa sobre uma família de retirantes do Sertão que decide procurar melhores condições de vida e passa a peregrinar em busca de água, comida e terra. Fabiano, Sinhá, Menino Maior, Menino Menor e Baleia constituem a família. Mal se comunicam, reflexo da invisibilidade diante dos outros homens e governo. Passam por condições subumanas. Animalização presente.
José Lins do Rego
Nascido em Paraíba, filho de ricos. Conviveu com pessoas muito simples e viu a troca dos engenhos pelas usinas e seus problemas econômicos e sociais. Formou-se em Direito, se relacionou com Gilberto Freyre, com quem publicou o semanário Dom Casmurro. Em 1932, publicou Menino de Engenho, muito bem aceito. Depois, passou a publicar uma obra por ano, inovando ordens formais, principalmente, o uso contundente da linguagem oral. 3 fases:
-Ciclo da cana-de-açúcar: Elementos autobiográficos contando sobre sua vida no Nordeste. Panorama do apogeu e declínio dos engenhos.
-Ciclo do cangaço, misticismo e seca: Denúncia a violência dos cangaceiros e o embate com a polícia. Problemas retratados como seca e apego da população ao misticismo.
-Obras independentes: Obras que não se encaixam nas fases anteriores
Menino de Engenho: Primeira obra que condensa todos os elementos de sua poética: retrato do Nordeste, relação entre escravos e senhores, linguagem oral e o lirismo das histórias. Livro em primeira pessoa contado por Carlos Melo e fala sobre José Paulino, avô do menino e dono de um engenho que é o centro em torno do qual todos vivem. Traça o caráter de Deus para o seu avô, pois este rege todos os que se concentram ali.
Erico Veríssimo
Escritor gaúcho, literatura regionalista de caráter citadino. Ótimo aluno na escola, em Porto Alegre deu aulas de Literatura e Inglês, publicando contos em jornais da capital. Traduziu obras inglês – português. Em 1940 morou nos EUA e escreveu sua obra prima em mais de 10 anos: O tempo e o vento. Morreu de enfarte do miocárdio.
O tempo e o vento: Dividido em 3 partes: O continente, O retrato e O arquipélago. Conta a saga das famílias do RS, lutas pelo poder, a relação entre oligarquias e as guerras territoriais. Conta a própria história do estado gaúcho. São retraçados mais de 200 anos de maneira ficcional p/ isso. É considerado um livro épico, pois fala sobre a história de um povo, sua formação, aventuras e desdobramentos. Deslocou o centro do romance regionalista do Nordeste para o Sul.
Franklin Távora
Nascido no Ceará, foi advogado, jornalista, político, romancista e teatrólogo. Távora chegou também a exercer alguns cargos públicos nas cidades onde residiu. Escritor, trouxe à literatura brasileira o gosto pelo sentimento da natureza, evocando a paisagem aliada ao enfoque de personagens que simbolizam os arquétipos do sertanejo.
O Cabeleira: História de José de Gomes, cangaceiro do Nordeste e suas andanças. Foi influenciado pelo pai a ser mal. No fim da história, foge com Luisa (amiga de infância), que acaba morrendo. Um tempo depois, é morto junto com seu pai e Teodósio, um amigo que, junto com os dois, permeavam o terror por Recife.

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