terça-feira, 19 de março de 2013

Port. (até pg. 19) e Lit. (até pg. 25)


Português:
Linguagem verbal: Usa sinais gráficos, como as palavras e a pontuação para proporcionar trocas conversacionais.
Linguagem não verbal: Usa signos não verbais (cores, formas, ângulos, etc.) para promover a interação. (Se quiser, olhar linguagem corporal pg. 8 à 10)
Frase: Unidades linguísticas de sentido completo que tem como principal função a de estabelecer a comunicação.
Oração: Enunciado que se forma ao redor de um verbo.
Embora sejam enunciados usados na comunicação, a oração precisa se organizar em torno de um verbo.
Esses enunciados são unidades lingüísticas que comunicam algo a um interlocutor (períodos).
Tipos de período:
Simples – Uma só oração.
Composto – Duas ou mais. Existem dois tipos:
-Por coordenação: Orações são sintaticamente independentes
-Por subordinação: Orações são sintaticamente dependentes

Literatura
Terceira fase do modernismo no Brasil
O regime democrático e o desenvolvimento do Brasil
O término da Segunda Guerra Mundial desencadeou no fim de alguns regimes autoritários. No Brasil, a ditadura do Estado Novo foi encerrada em 1945 e substituída por um regime democrático. Mesmo derrotado, Vargas viu, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, a continuidade de seu projeto político desenvolvimentista. Dutra criou o plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e energia). Com a eleição de Juscelino Kubitschek e com a implementação do programa de metas, o Brasil vivenciou um surto desenvolvimentista. O programa contemplava: energia, transporte, alimentação, indústria de base, educação e a metassíntese (construção da nova capital, Brasília). Estabeleceu uma política que combinava o Estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro para promover o desenvolvimento (industrialização). Com o deslocamento da Capital Federal, houve uma maior integração entre as diversas regiões do Brasil. Juscelino usava o slogan “50 anos de progresso em 5 anos de governo”.

A construção de Brasília:
Projeto foi símbolo do processo de modernização e industrialização no Brasil. Com o projeto elaborado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, sua inauguração ocorreu em 1960. Ela trouxe a consolidação de um discurso desenvolvimentista que iria caracterizar as metas e hábitos dos anos de 1950 e 1960. O projeto de uma Capital Federal construída do nada era muito arrojado. Houve a conquista do interior pelo urbano e moderno. Brasília é um patrimônio da humanidade.
Terceira Geração Modernista: Produção literária elaborada a partir da década de 1940. Esse era um momento em que a produção artística nacional estava em compasso com ideais desenvolvimentistas instauradas em nossa política. Exploração do que era nacional, peculiar, típico e inerente ao povo brasileiro. Concentração em questões humanas universais vivenciadas pelo homem do interior ou não. Para alguns literatos, as paisagens interioranas viraram motivos poéticos, surgindo questões filosóficas universais ou cosmopolitas (cosmopolita: pessoa que se julga cidadã de todos os países). Para eles, o interior do país passou a ser lido como uma parte do mundo e compreendido como um elemento que desbravava seu caminho para a modernidade. Nessa fase houveram autores focados nas profundezas psicológicas dos indivíduos, ocultas sob as dinâmicas impostas pela sociedade, em seus inocentes hábitos e práticas cotidianas.
O Sertão Universal: Poesia-prosa em João Cabral e Guimarães Rosa
Nas histórias, paisagens, belezas e dificuldades dos habitantes das regiões longíquas, apartadas das grandes cidades, está uma das principais matérias literárias de João Cabral de Melo Neto e de Guimarães Rosa. Sua literatura não somente descreve ou denuncia, mas atua sobre a natureza poética, filosófica dessa condição, sendo os problemas e reflexões feitos pelos personagens dignos de conotação universal. O regionalismo da literatura brasileira dos anos trinta é superado. Os temas universais passam a ser tratados sob uma perspectiva mais filosófica.
João Cabral de Melo Neto
Nasceu em Recife. Membro da ABL, foi poeta de ampla projeção e reconhecimento. Acumulou prêmios no Brasil e no exterior. Sua primeira infância foi marcada pela vivência e hábitos do interior, sendo plantadas nele a consciência da divisão social (trabalhador rural x senhores de engenho e políticos) – isso refletiu na sua literatura. Quando sua família voltou à Recife, ele se inseriu numa rotina mais urbana, passando a freqüentar posteriormente o Café Lafayette (ponto de encontro dos intelectuais em Recife). O núcleo temático aborda aspectos das culturas e paisagens que o artista tomou contato. Quando foi designado para trabalhar fora, entrou em contato com ambientes culturais e personalidades artísticas que o influenciaram.
Influências:
- Em contato com a poesia de Manuel Bandeira, Cabral deflagrou um processo de reflexão literária que marcaria sua poética definitivamente. O primeiro contato com a poesia moderna o fez capaz de pensar em novas questões para seu tempo e seu próprio fazer literário.
- Com Carlos Drummond de Andrade, aprendeu a valorizar o processo construtivo do poema, empregar o vocabulário banal, popular, na poesia e dar um tom de prosa à produção poética.
- Foi influenciado por Murilo Mendes a dar prevalência à imagem sobre a mensagem.
Antônio Gonçalves da Silva: Conhecido como Patativa do Assaré (Patativa: ave cujo canto é belo, assim como os poemas de Antônio). O poeta freqüentou a escola por somente 4 meses. Após ter comprado uma viola, começou a atuar também como compositor, cantor e improvisador. Suas composições incorporam sempre as rotinas e a linguagem do povo de sua região.
João Cabral de Melo Neto
Afastava o sentimentalismo de seus versos. Queria “purificar” a poesia, dando-lhe uma sintaxe e um vocabulário único e característico capaz de alçar o verso a uma condição de autonomia e plenitude como obra. Busca uma literatura extremamente racional e planejada. A imagem de pureza também se revela em temas como o sol, a luz e o deserto. Usa um rigor formal, mas não ao modo parnasiano. Sua preocupação é com a forma, imagem e som perfeitamente alinhados. Ele rompe com o conceito de que poesia é fruto de inspiração, criando uma poética racionalizada. A razão seria a base do fazer poético, passando a escrever poemas sobre o próprio orifício de escrever, caracterizando a metalinguagem.
Resumindo:
Aversão ao sentimentalismo, racionalidade (objetivo, lógica), valorização do conteúdo imagético, metalinguagem (metáfora, fala do autor com o leitor), preocupação formal e sintaxe rigorosa.
Metalinguagem: Reflexão sobre o fazer poético. Metalinguagem tão constante em sua obra como tema e preocupação que é uma característica marcante dela.
Artes Plásticas: Poesia dele cheia de referências à arte. As alusões à pintura aliam dois dos interesses do poeta: a arte pictórica em si e o gosto pela construção imagética.
Engenharia: Admirava o engenheiro. As idéias de racionalidade, cálculo, precisão, construções projetadas, claras, foram traduzidas para sua poética. Valorizava o predomínio da inteligência sobre o instinto.
Nordeste: Abordado com a mesma inventividade e racionalidade. As temáticas regionais são caras ao poeta, de forma que todos os aspectos nordestinos interessavam a Cabral, que via nessa terra e em seu povo a agudez cortante das lâminas, a pureza cáustica do mineral, do árido, do solar que como temas o encantaram.
Morte e Vida Severina: Auto de Natal Pernambucano (Ler na apostila e a análise crítica encontrada no Portal Positivo).

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